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IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO ESCOLAR NA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL.
Discussão:
A PC pode ser definida como uma lesão ou lesões no cérebro em desenvolvimento e possui caráter não progressivo. Essas lesões resultam em alteração de tônus e incoordenação da função motora e conseqüente dificuldade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais.
A PC pode resultar de fatores pré-natais (drogas, infecções, desordens circulatórias e metabólicas, etc), peri-natais (prematuridade, pós-maturidade, anóxia, hipóxia, etc) ou pós-natais (infecções, traumatismos, desordens circulatórias e metabólicas).
Em relação à alteração de movimento, a PC pode ser classificada como espástica (a mais comum), extrapiramidal (dividida em atetóide, coréico, distônico) e atáxica (tipo raro).
Os tipos clínicos são subdivididos anatomicamente em tetraparesia (quatro membros igualmente afetados), diparesia (membros superiores menos comprometidos) e hemiparesia (apenas um lado do corpo acometido).
O tratamento das crianças com PC deve ser iniciado precocemente, partindo-se de uma avaliação para traçar metas individualizadas para reabilitação. Em relação às crianças, deve-se ressaltar que o tratamento reabilitador deve abordá-las em todos os seus aspectos, não apenas o aspecto motor, mas também os aspectos sensoriais e emocionais e, além disso, facilitar a inclusão social da pessoa com deficiência.
O profissional de Fisioterapia se torna destacadamente credenciado para atuar no processo de reabilitação de pessoas com deficiências, dando uma contribuição de suma importância para este processo. No que tange as crianças com paralisia cerebral, foco desse estudo, os objetivos da Fisioterapia devem ser estabelecidos em função das potencialidades física, psíquica, intelectual e social das mesmas. Além disso, os objetivos fisioterapêuticos devem visar à redução das conseqüências dessa afecção ou superá-las amplamente, se possível, além de diminuir espasticidades e através da cinesioterapia estimular movimentação voluntária.
A inclusão é um movimento social que vem ocorrendo em diferentes partes do mundo, abrangendo todos os segmentos da sociedade hodierna, evidenciando, assim, a sua amplitude (AMIRALIAN, 2005). O uso do termo inclusão na escola pode ser entendido como uma situação em que é imprescindível uma compreensão do aluno com deficiência, de modo que ele possa ser integrado, ou seja, passe a pertencer à escola e fazer parte integrante dela. Condição que assegurará a inteireza da escola, a completará e a transformará, então, em uma escola integrada/inclusiva.
Como foi anteriormente citado, o fisioterapeuta faz parte da equipe de reabilitação e é de extrema importância que este profissional esteja atento às possíveis barreiras ou limitações impostas pelo ambiente físico e social, pois, segundo Gomes e Barbosa (2006), a inadequação das instalações e dependências de grande parte das escolas é uma das grandes barreiras a serem superadas a fim de se efetivar o processo escolar inclusivo.
Deste modo, os fisioterapeutas estão sendo cada vez mais envolvidos na tarefa de favorecer o acesso e a participação das crianças em situações escolares.
Cabe ainda ao fisioterapeuta identificar as barreiras que a criança enfrenta no ambiente escolar, bem como as expectativas e a exigência para ela poder funcionar nesse ambiente. Cumpre identificar as demandas que a criança enfrenta em relação ao seu enduro, sua mobilidade, força e destreza.
Em consonância ao que foi exposto, conclui-se que para a inclusão escolar de crianças
com deficiência ocorrer de forma satisfatória, é necessário que a escola compreenda o aluno em todas as suas necessidades; os educadores busquem e obtenham informação adequada sobre o assunto; as políticas públicas invistam de modo a garantir o acesso desses alunos em classes regulares e com educação de qualidade; os pais acreditem nas potencialidades dos seus filhos e a sociedade respeite a diversidade dos seres humanos. Deste modo, a inclusão escolar poderá alcançar o sucesso tão ansiosamente esperado por muitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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