Fisioterapia, Pilates & Estética.

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fisioterapia Geriátrica

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AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO


A avaliação funcional é a observação e a mensuração da capacidade de realização das tarefas básicas de vida diária. É geralmente usada num sentido mais restrito, para se referir à medida de habilidade de uma pessoa para cumprir com suas responsabilidades diárias e desempenhar as tarefas de autocuidado. De um modo geral a capacidade funcional pode ser classificada em graduações ou níveis, desde o não comprometido ou independente até o mais comprometido ou totalmente dependente, dependendo a avaliação funcional utilizada (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).

Objetivo: Identificar e quantificar o desempenho funcional pré, per e pós intervenção terapêutica; detectar precocemente os indivíduos que apresentam fragilidades; o que os leva a quedas e incapacidades e observar os déficits de mobilidade. Estes dados podem ser usados como comunicação entre a equipe multiprofissional e como parâmetro de admissão e alta de serviços de reabilitação. (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).

Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD): o ABVD: Tarefas de autocuidado, tais como: arrumar-se, vestir-se, comer, fazer higiene facial e corporal, transferências e locomoção.

o AIVD: Tarefas da vida prática. Fazer compras, pagar contas, manter compromissos sociais, usar meio de transportes, cozinhar, comunicar-se, cuidar da própria saúde e manter a própria integridade e segurança. (Katz et al, 1993; Lawton 1971; Neri, 2001).

Os aspectos ligados à independência física e à mobilidade são de grande interesse na área da fisioterapia, assim os testes que avaliam características da mobilidade são muito utilizados e experimentados nessa área na prática clínica e na pesquisa científica.


MODELOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL

Os modelos são criados e selecionados para categorias que apresentem a mesma especificidade, ex: indivíduos mais ou menos dependentes, institucionalizados, hospitalizados, patologias específicas (Parkinson, AVE, osteoartrite...). (Brumel-Smith, 2000; Gerety, 2000).

Uma avaliação funcional pode ser constituída por vários itens, no entanto nos mais citados pela literatura estão incluídas questões referentes à mobilidade, as ABVD E AIVD, além de algumas avaliações que contemplam o desempenho do indivíduo no trabalho, no ambiente social e no lazer.

Índice de AVD’s de Katz: esse índice avalia o indivíduo em seis tarefas básicas de vida diária (banho, vestuário, higiene, transferências, continência, alimentação).

O teste pode ser pontuado com duas versões propostas, a do formato de escala Likert ou no modelo de escala de Guttman. No formato de likert, cada tarefa recebe uma pontuação específica que varia de 0 (independente), 1 (necessidade de ajuda de algum objeto para desempenhar a tarefa), 2 (necessidade de ajuda humana para desempenhar a tarefa) e 3 (dependência total). No formato Guttman, a medida do nível de dependência é feita através de letra A a G em ordem de dependência crescente. Foi proposto por Katz et al. Em 1963 e desenvolvido para o uso em indivíduos institucionalizados e posteriormente adaptado para populações que vivem na comunidade.

Índice de Barthel: desenvolvido em 1965, para avaliar o potencial funcional e os resultados do tratamento de reabilitação dos indivíduos que sofreram um AVE, esse teste mede o grau de assistência exigido, em dez atividades (alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, controle da bexiga, do intestino, transferências cadeira e cama, deambulação e subir e descer escadas). Vários estudos têm comprovado a validade e confiabilidade em pacientes idosos sem alterações cognitivas e com menos de 65 anos. São atribuídos pesos específicos para cada atividade proposta de acordo com a observação clínica. O escore corresponde a soma de todos os pontos obtidos, sendo considerado independente o indivíduo que atingir a pontuação máxima 100 pontos. Pontuações abaixo de 50 pontos indicam dependência em atividades de vida diária. O índice de Barthel tem sido aplicado em pacientes internados em unidades de reabilitação e tem apresentado boa correlação com outras medidas de funcionais.

Medida da Independência Funcional: desenvolvido e aplicado pela fundação de pesquisa da Universidade do Estado de Nova York, é um teste que contém várias subescalas, onde são avaliados itens referentes ao auto cuidado, controle de esfíncteres, mobilidade, locomoção, comunicação e cognição social. A realização das tarefas propostas é medida através de uma pontuação de 1 a 7, para realização de qualquer item proposto pela avaliação. O desempenho funcional é avaliado em cada item do teste pela pontuação recebida pelo paciente.

GET UP AND GO E TIMED GET UP AND GO TEST: proposto por Mathias, Nayak e Isaacs (1986), nele o paciente é solicitado a levantar-se de uma cadeira, deambular 3 metros, retornar e assentar-se novamente. A proposta do teste é avaliar o equilíbrio assentado, transferências de assentado para a posição de pé, estabilidade na deambulação e mudanças no curso da marcha sem utilizar estratégias compensatórias. Analisamos o desempenho do paciente em cada uma das tarefas comparativamente com indivíduos sem alterações. O teste é pontuado da seguinte maneira: 1 (normal); 2 (anormalidade leve); 3 (anormalidade média); 4 (anormalidade moderada); 5 (anormalidade grave). Pacientes que apresentem 3 ou mais, possuem risco aumentado de cair. Posteriormente esse teste passou a ser mensurado pelo tempo necessário para o indivíduo realizar todas as tarefas propostas, passando a se chamar timed get up and go test. Pacientes adultos independentes sem alterações no equilíbrio realizam o teste em 10 segundos ou menos; pacientes com independência em transferências básicas realizam em 20 segundos ou menos; Pacientes que realizam o teste em 30 segundos ou mais são dependentes em muitas AVD’s e na habilidade da mobilidade.

Berg Test: Avalia o equilíbrio do individuo em 14 situações: assentado sem suporte, transferências, passando de assentado para de pé, de pé sem suporte em tempo progressivo até 2 minutos, de pé sem suporte com os pés juntos, pegar um objeto ao chão, girar 360°, um pé à frente, passar de pé para assentado, ficar de pé com os olhos fechados, projetar-se para frente, rodar o tronco e olhar para trás, colocar o pé no tamborete, ficar de pé com apoio unipodálico com tempo progressivo até 10 segundos. Cada tarefa é subdividida e pontuada de 0 a 4 pontos de acordo com o grau de dificuldade.

Performance-Oriented Mobility Assessment – POMA: Criado em 1986 por Tinetti, como parte de um protocolo que objetiva a detecção de fatores de risco de quedas em indivíduos idosos tendo como parâmetro o número de incapacidades crônicas. O protocolo é dividido em duas partes, uma avalia o equilíbrio e a outra, a marcha. Os testes funcionais de equilíbrio reproduzem os padrões de mudanças de posição do corpo sobre o sistema vestibular durante a realização das AVD’s, enquanto a avaliação funcional da marcha reflete a segurança e a eficiência do seu deslocamento no ambiente. As manobras de equilíbrio incluem 13 posições em situações de desestabilização do centro de gravidade. As manobras de marcha incluem 9 itens realizados por meio de atividades seqüenciais em um pequeno percurso de marcha, com critérios simples de pontuação com três níveis de respostas qualitativas para as manobras de equilíbrio e dois níveis para as manobras de marcha. O escore total bruto pode ser interpretado qualitativamente como normal, adaptativo e anormal para as tarefas de equilíbrio e normal e anormal para as tarefas de marcha. (Diogo, Neri e Cachioni, 2004).

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